quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Jardim Alado



















No abrigo das minhas lembranças de criança, recordo-me as flores do campo, o vento ondulando a relva com tom dourado, viajo nas asas do vento e imagino um jardim alado.
Nesse jardim as flores voam e as abelhas gotejam mel de pétala em pétala, tornando o aroma das flores realmente doce. As flores amarelas contem em cada pétala um raio de sol, as flores azuis contem flocos de céu e as brancas são pombas que nascem e florescem com as flores. O jardim alado das minhas lembranças permeiam céus e terra e terminam no fim do arco-íris onde enterrei ao lado do pote de ouro, minhas jóias mais valiosas, a moeda antiga que ganhei de meu avô, o vasinho de barro que minha mãe fez pra mim, a coleção de pedras que meu irmão e eu fizemos a cada passeio... Todos os meus tesouros estão lá, enterrados ao lado do pote de ouro, que no fundo sei que tem gosto de chocolate e o dourado reluzante não passa de caramelo. Quando passo por lá preciso colher muitas flores pelo caminho pois só assim poderei voltar nas asas, ou melhor nas pétalas das flores que me guiam neste jardim tão louco, mas alegre como os sonhos de menina. Quando me canso, pego com facilidade um travesseiro de nuvem fofa e branquinha, enquanto descanso, como devagarinho o travesseiro de algodão doce, pois é, as nuvens são todas de algodão doce bem fofinho.
Quando percebo que vou fechar os olhos escuto uma voz que me chama, é ora de acordar, penso que durmo, mas apenas estou no meu mundinho colorido. O portal são as flores, miro-as por um instante e logo sinto os seus perfumes e sei que falta pouco para chegar em casa.

Um comentário:

Fluida disse...

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